quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Equilibrar cores na filmagem – Parte I – Casamento em ambiente de Igreja

Equilibrar as cores em uma filmagem obtém-se a partir da Calibração do branco e, conhecido entre os profissionais do vídeo como “bater o branco”, tem a função de se obter as cores reais do assunto a ser gravado, partindo da ausência total de cor, que na verdade é o branco.
É muito comum utilizar como referência superfícies brancas que esteja no ambiente, como toalhas, uma folha de papel, uma cortina, por vezes até uma camisa de alguém no local. É inegável que para situação de luz instável, com diversas temperaturas de cor teremos um resultado melhor que utilizar as opções automáticas da máquina. Mas também não é o ideal, podemos melhorar substancialmente o resultado adquirindo um cartão cinza a 18% da Kodak. Este cartão é usado originalmente na fotografia não só para correção de cor a partir do balanceamento do branco com também para fazer correção de exposição EV, por ser muito opaco e ter a densidade de cinza correto para minimizar fatores externos que venham a comprometer a leitura do fotômetro. E para cinegrafistas mais perfeccionistas recomenda-se usar deste artifício, prá lá de profissional. O editor das suas imagens vai agradecer.
Por mais simples que pareça esta questão na verdade é algo bastante complexo. Não há uma regra só para conseguir ajustar o branco do equipamento, no estilo faça a “x” metros do assunto, ou deixe a luz principal incidir e faça o equilíbrio. A partir do momento que se entenda bem o que é o processo, a interferência de diversas fontes de luz no ambiente e até mesmo a predominância de determinadas cores no ambiente que influenciam a leitura, vamos instintivamente achar uma solução imediata para cada situação, para se obter a cor mais natural. É só lembrar aquela cena em que trabalhando com duas câmeras num casamento, você e outro cinegrafista equilibraram o branco, ali juntinhos no mesmo objeto na mesma posição, com câmeras idênticas. Na hora de editar uma câmera amarela e outra azulada. Daí só pedalando na edição para corrigir ao custo de um pouco de degradação da imagem.
Abaixo vou simular algumas situações, mais para se entender o sistema do que para expor alguma regra, pois dificilmente dois ambientes diferentes terão o mesmo método de leitura. Vamos tentar fazer de forma que fique dentro da realidade do estilo de reportagem de evento social, aonde os acontecimentos são dinâmicos e não temos tempos de fazer grandes estudos de iluminação, e somos obrigados a aproveitar o que tem disponível lá:
Tomada frontal da Igreja com iluminação colorida.
Em alguns estados do país é muito comum iluminar a fachada da igreja com uma luz colorida azul, verde ou amarela, e algumas vezes utilizando duas ou três cores em conjunto com mais ou menos “um quatrilhão” de watts. Colocar cartão cinza na torre da igreja para fazer leitura a partir da cor azul não dá. Se for pela média provavelmente vai dar no meio da fachada a uns 20 metros de distância, não dá.
Sugestões:
1 Se seu equipamento tem correção de cor pontual por graus Kelvin, utilize e vá regulando até achar a que mais lhe agrada.
2 Na ausência da correção pontual, tente uma das correções pré programadas da máquina, incandescente, fluorescente e luz do dia. Na verdade dificilmente uma destas vai dar certo, pois como a intensidade da luz é muito forte e ainda colorida, o resultado acaba ficando surreal na maioria das vezes. Mas não custa tentar, não se perde muito tempo fazendo isso.
3 Em último caso colocar o branco no automático. Estas situações extremas acabam dando um resultado sofrível na composição, mas você pode compensar um pouco isso fechando um pouco a Iris da máquina ou aumentando a velocidade, ou ainda o conjunto dos dois.
Convidados na porta da igreja sob baixa incidência de luz.
1 Vamos partir do princípio que você utiliza uma fonte de luz de Led em cima da filmadora. Se houver tempo retire seu cartão cinza do bolso e deixe que esta luz predomine no cartão, faça à leitura a distância aproximada que você vai gravar. Ou seja, se você vai gravar o assunto a 2 metros da sua filmadora, coloque o cartão nesta distância, feche o zoom até completar com o cartão no enquadramento e faça a leitura. Terá uma situação de primeiro plano com cor perfeita.
2 Se o tempo tiver apertando, e os segundos fizer a diferença, faça a opção por calibrar com uma das predefinições da câmera, use a opção luz do dia ou fluorescente. Para Led uma delas ficará muito boa. Mas lembre-se, nada substitui o equilíbrio com o cartão cinza, pois nesta leitura aquela luz do poste lá do outro lado rua que está incidindo um pouco sobre a cena é considerado e calibrado com a média dos dois, do Led a aquela luz do poste que por menor que seja sempre dá alguma diferença. Nas pré-definições da máquina ela considera uma luz “pura” no assunto, sem qualquer interferência externa.

Equilibrando o primeiro e segundo plano
Imagine uma Igreja toda iluminada com luz amarela a 3200 K incandescente. Você está com um Led, branco que gira entre 5000 e 6000 K.
Usando desta forma o resultado da sua filmagem não ficará bom. O primeiro plano que está ao alcance do Led ficará equilibrado, e o segundo aonde a luz amarela predomina, desta cor ficará. E ainda, à medida que for aumentando sua distância do assunto principal está gradativamente incidirá uma porção maior da luz ambiente, deixando o assunto principal cada vez mais amarelo.  Será uma filmagem de difícil correção, e mesmo com o maior empenho do editor ficar com cores instáveis o tempo todo.
Neste caso é recomendado usar o filtro amarelo do Led. Se o seu equipamento não dispuser deste recurso, nas boas lojas fotográficas tem filtros de gelatina para correção de cor, que são mais eficientes que o acessório original, pois você poderá adquirir de diversas gradações, conferindo um resultado final muito melhor. Para usar é muito simples, coloque o filtro no seu Led, posicione o cartão cinza à distância média que será realizada as cenas, para deixar incidir tanto a luz do Led com o filtro como a luz ambiente e faça a leitura. Mesmo assim haverá diferenças à medida que você se locomove, mas estas serão mínimas e de difícil percepção.
Jamais conseguiremos cores reais, vivas e contrastadas com iluminação deficiente e utilizando do recurso “gain” ganho da máquina. Nestas situações, na maioria dos equipamentos que tenho conhecimento se usarem mais que 6db de ganho vamos ter granulação à vontade e cores lavadas, indo aos tons pastéis. Não há edição que resolva isso. Iluminação é princípio básico da imagem, use a vontade, se o ambiente permitir. Devemos ter muito cuidado também com aquelas “torres” de 1000 w incadescentes. Não é raro acontecer de derrubar a luz de todo o ambiente por excesso de carga para o sistema elétrico de algumas Igrejas mais antigas. Já vi acontecer durante a entrada da noiva. O ideal antes instalar esta iluminação pedir autorização de alguém da Igreja.
Igreja com duas câmeras
Não adianta “bater o branco” as duas câmeras ali juntinhas, na mesma situação se as duas vão trabalhar em locais separados e condições de iluminação diferentes. Se uma fica no altar e a outra está do lado de fora da igreja registrando os convidados chegar, são ajustes diferentes. Panorâmica a partir do Mezanino, ajustes diferentes. Noiva saindo do carro, ajustes diferentes. Cada câmera precisa de uma leitura individual em conformidade com a situação em que ela se encontra. Teremos assim, o melhor resultado, com um material muito bom que o editor deixará perfeito dando uma boa “afinação” durante a edição. Um filme de qualidade só será obtido a partir de matrizes de qualidade. Um filme com as cores que receberam intenso tratamento pode ser melhorado, mas jamais ficará com a mesma qualidade do que aquele que foi concebido corretamente desde o início.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Filtro UV na fotografia digital. Será que justifica o uso?

A utilização de filtros UV, acoplados a objetiva da máquina fotográfica ou filmadora originalmente serve para a proteção aos raios ultravioletas, muito presente em regiões equatoriais e de grande altitude. Estes raios podem interferir de alguma forma direta na qualidade e cor da fotografia, podendo tender ao tom azulado.
Grande parte dos fotógrafos e cinegrafistas coloca um filtro UV na objetiva do seu equipamento mais para proteção ativa da lente, protegendo de um choque qualquer que venha a danificar o cristal original da lente.
Quando resolvi investir numa lente de qualidade um pouco melhor, e cara também, decidi usar um  filtro assim, visando além da proteção aos raios UV, também a proteção ativa.
Certa noite, fotografando um casamento numa igreja muito clara, e utilizando da luz do cinegrafista comecei a fazer as imagens sem flash. Branco balanceado, ISO 800, velocidade 30, abertura 2.8, estava tudo perfeito, não fosse um porém. Percebi logo no começo, antes de começar a cerimônia que metade das fotos estava dando o nem sempre bem vindo flair, aquelas bolinhas coloridas que aparecem em contra luz. Acontecia com a luz do cinegrafista, luz do teto da igreja, enfim, qualquer fonte de um pouco mais forte.
Pensei, pode ser o filtro. "Bingo", era ele mesmo. Retirei e não houve mais uma situação de flair.
Fui atrás da informação para verificar o que estava errado, e ocorre o seguinte.
As lentes para fotografia, principalmente as originais, são de altíssima qualidade. Envolve milhões de dólares para seu desenvolvimento. É equipamento de precisão que são desenvolvidos para serem utilizados com acessórios originais de fábrica. Seus cristais são projetados de tal forma que já tem uma proteção UV e também revestimentos para se conseguir o melhor da imagem, distorções mínimas e também evitando a ocorrência do flair.
Então o que pode acontecer se colocarmos um filtrinho de origem desconhecida na objetiva? Todo aquele nosso investimento comprando uma objetiva de qualidade pode acabar tendo um desempenho medíocre. Pode ocasionar além do flair indesejado, distorções na imagem e alteração de cor. “Seria equivalente a comprar um aparelho de bluray de ótima qualidade, caprichar no áudio 5.1 da Sony de 1000 W, e na ponta do cabinho amarelo, sim estou falando do ultrapassado RCA de vídeo, ligado a uma TV de tubo de 14”, e ainda por cima mono.
Vai a dica aos meus amigos fotógrafos e cinegrafista: -"Colocar filtro UV somente quando realmente houver necessidade, em situações extremas e de real risco ao equipamento, afinal um tom levemente azulado, fotografando em RAW, nada que nosso amigo Photoshop não resolva fácil. Para proteger a objetiva de choques acredito que o uso do para sol seja também eficiente e traga menor ou nenhum efeito colateral".
Acredito que o filtro UV, na verdade descansa na mesma cama da máquina fotográfica analógica. Descanse em paz então...




domingo, 18 de setembro de 2011

Fita Mini DV - Pode regravar quantas vezes? Tire esta e outras dúvidas.

Se usa profissionalmente não deixe de ler

Vou repassar as impressões e experiência adquirida como editor de vídeo, passando por mim pelo menos 500 fitas capturadas para edição por ano, de marcas variadas e qualidades diversas.
Não tenho a intenção de passar um manual sobre fita mini-dv, somente vou partilhar minhas experiências e pesquisas feitas ao longo dos anos, para contribuir para nossa comunidade de cinegrafistas e vídeo makers. As informações a seguir, uma parte delas foram coletadas a partir de dados fornecidos pelos fabricantes, outras em fóruns na Internet e a maior parte pela minha experiência pessoal na lida com este tipo de mídia. Acredito que os teste e impressões a seguir relatados serão substancialmente úteis a quem procura este tipo de informação.
A melhor fita Mini DV
 Não existe uma fita melhor ou pior, existem sim tecnologias distintas na fabricação entre as principais fabricantes, a Sony e a Panasonic. Esta com sistema de lubrificação a seco e aquela com líquida. Observando estes dois sistemas é que devemos evitar ficar trocando de marca constantemente, pois essa variação de lubrificação no cabeçote da filmadora pode ocorrer de sujar com maior facilidade, obrigando a usar fita de limpeza mais constantemente. O ideal seria quando for mudar de marca, antes de utilizar, passar a fita de limpeza para remover resíduos da marca anterior. É um preciosismo que vale a pena, pois você reduz a possibilidade de drop out. Mas atenção, MUITO CUIDADO com as fitas de limpeza, são muito abrasivas e o uso indiscriminado pode levar a vida útil do cabeçote da sua câmera por terra. Tenho um conhecido que tem uma Sony Z1, que a cada gravação tinha o hábito de passar a fita de limpeza. Resultado “derreteu” o cabeçote em oito meses de trabalho, teve que trocar, e o prejuízo foi enorme. Observe ainda que a fita de limpeza dever ser utilizada apenas alguns segundos, e de forma bem esporádica, veja o manual e siga-o a risca.

Regravando em fitas Mini DV
Você pode regravar quantas vezes quiser numa fita Mini DV, isso vai depender da sua disponibilidade financeira. Se você tiver recursos suficientes e disposição para pagar uma indenização ao seu cliente que pode chegar aos R$ 50.000,00 se perder um casamento pelo reaproveitamento de fitas, você deve reutilizá-las. Se você for do tipo que quer ter segurança que nada vai dar errado não economize esses trocadinhos, não vale a pena. Há de se considerar ainda que fitas reutilizadas de forma profissional  vai acabar  limando seu equipamento, com alta concentração de resíduos no cabeçote por conta de lubrificação ineficiente da mídia. Já tive oportunidade de tentar fazer uma captura para um cliente, usei de todos os recursos possíveis, emprestei equipamentos para ver se conseguia uma captura com qualidade, usando marcar diferentes de equipamentos, chegamos a usar a própria filmadora usada na filmagem, mas não deu. Os drop out vinham a cada 10 segundos de imagem, pulavam quadros, hora aparecia a imagem anteriormente gravada hora quadriculava. E detalhe, a fita foi regravada apenas duas vezes. Meu cliente teve que devolver o valor da filmagem ao seu cliente e está respondendo um processo. Principal argumento do processo: Quanto vale as lágrimas de uma noiva? Pois é, imagina no que vai dar isso...
SP ou LP
Nunca vi ninguém perder um evento por usar esta ou aquela opção de gravação. Mas percebi a incidência maior de drop out no modo da fita em 01h30minh. Pode-se perder, portanto, algo importante. Melhor não economizar também neste item.
Fitas genéricas de maior capacidade
Corra o mesmo risco da regravação de fitas adquirindo este tipo de produto. Além da marca indeterminada, disfarçadas de Sony, são mais finas, correndo o risco até de se romperem durante o uso, embolando no cabeçote e travando a máquina no meio de um evento.  Fita Mini DV compra-se somente original e com nota fiscal. Adianta você caprichar na iluminação, usar um Sony Z7, colocar seu olhar artístico a prova, se preocupar com todos os detalhes e colocar no compartimento da fita uma genérica ou falsificada mesmo, de R$ 6,00, colocando em risco todo o trabalho e o cabeçote do seu equipamento?

Convido meus amigos cinegrafistas e vídeo makers a expressarem suas opiniões pessoais para este assunto, assim como complementar as informações acima. Serão muito bem vindos

sábado, 17 de setembro de 2011

Sincronizar Vídeos Automaticamente no Premiere Pro CS4 / CS5

Editores de vídeo que atendem a empresas da área de eventos sociais, às vezes recebem materiais um pouco complicados para editar por conta da falta de qualificação de alguns cinegrafistas. Um dos problemas que esporadicamente acontece, e que quando vem toma muito tempo, são aqueles vídeos com duas ou mais câmeras brincado de dar pause a cada 2 minutos. Tive a curiosidade de contar, numa destas ocasiões, que extrema desta vez, quantos cortes uma das câmeras havia feito num casamento. 86 cortes! Isso apenas do começo ao final da cerimônia. A outra câmera foi um pouco mais gentil, não passou de 10 cortes.
Só em pensar em sincronizar essas duas câmeras dá até um desânimo, lembrando que naquela ocasião demorei o dia inteiro só para colocar ordem nisso manualmente, e no dia seguinte comecei a editar o material.  Após uma pesquisa descobri um plugin para o Premiere Pro, na época usava o CS4, que faz esse serviço para nós. Tem também para Final CUT e Edius. O programa chama-se PluralEyes desenvolvido pela Singular Software.
Funciona assim, ele faz o sincronismo tomando como base o áudio gerado pelas câmeras, podem-se usar múltiplas câmeras. Ele faz a leitura do material e coloca tudo no seu devido lugar automaticamente. Se na época daquele vídeo eu tivesse esse plugin não ficaria um dia inteiro para fazer algo que podia ser automatizado.
Passo a passo no Premiere CS4 
Para dar certinho você precisa fazer a captura no Premiere, na opção Scene Detect habilitada. Caso contrário você precisará usar a ferramenta Cut e fazê-lo manualmente na Timeline.
Coloque na 1ª trilha o filme principal com o áudio que será utilizado no filme, o qual será usado como referência. Se a captação de áudio foi externa, use a primeira trilha de áudio para ela, e os demais filmes nas trilhas superiores. Lembre que estes precisam estar cortados para o plugin conseguir movimentá-los para os pontos de sincronismo.
Salve o projeto do Premiere e abra o software Pluraleyes. No PluralEyes, em Open, selecione o projeto do Premiere que você acabou de salvar. Abaixo tem Sequence, selecione a seqüência do vídeo a ser feito o sincronismo. Agora você clica em Sync, e está feito, é só aguardar o programa terminar o sincronismo.
No Premiere Pro CS 5
Como o programa ainda não está atualizado para trabalhar com o Premiere CS 5, tem uma manobra que podemos fazer que elimina esta limitação. Proceda assim. Antes de abrir o Pluraleyes, no Premiere CS 5, já com os vídeos a serem sincronizados devidamente colocados na Timeline, de o comando file / Export / Final Cut Pro XML e coloque este arquivo em qualquer pasta do seu projeto. Isso gerou um arquivo XML. Agora abra o Pluraeyes e clique em Open, abrindo este  arquivo XML que você acabou de gerar e clique em Sync. Quando terminar a sincronização feche o programa, e no Premiere vá em File / Import, e selecione este mesmo arquivo XML. Está pronto, no seu projeto vai abrir algumas pastas, contendo o material todo sincronizado.  
Segue o link para baixar o plugin: (É gratuito para testar por 30 dias) http://www.singularsoftware.com/pluraleyes.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cartão de Memória Formatado Tem como Recuperar os Arquivos

Os cuidados que devemos ter com os cartões de memória, são inúmeros, visto que é um componente fundamental, destinado ao armazenamento das imagens capturadas pela câmera, que é praticamente uma extensão da máquina fotográfica. Lá armazenamos os sonhos dos nossos clientes. Se por uma fatalidade qualquer você formatá-lo sem querer, não se desespere, ainda há recurso para recuperar as imagens. Porém, desde que você não tenha sobrescrito as informações. Formatou, e não fotografou por cima dá para recuperar, se fotografou, aí já era, as imagens que estavam “por baixo”, foram apagadas definitivamente. Existe a possibilidade, dependendo do caso, até um cartão que apresentou defeito ser recuperado.
Existem vários programas na internet em sites especializados que disponibilizam alguns programinhas, e alguns até gratuitos que prometem fazer a tarefa de recuperação de arquivos.
Vou indicar um, que fiz vários testes, o Recuva. Ele recupera, quando os arquivos não estão corrompidos ou parcialmente sobrescritos, cartões de memória, pen drives, e até mesmo HDs formatados.  É um programa leve, fácil de operar, e grátis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cartão de memória – Prazo de Validade.

Cartão de Memória, quando devemos trocar

Prazo de validade para um cartão de memória, oficialmente não existe. Porém a maioria de nós profissionais, do ramo de foto e vídeo, já ouviu alguma estória de fotógrafo que perdeu algumas imagens por estarem corrompidas ou até mesmo um casamento inteiro perdido porque “deu pau” no cartão. 
O cartão de memória é um elemento tão importante ou até mais, que a própria máquina fotográfica, pois se pensarmos que se a máquina travar na hora da entrada da noiva, dá para pegar sua reserva bem rapidinho, que da tempo ainda de fotografar a noiva na metade do corredor. E se o seu cartão simplesmente “queimar” lá pela metade da cerimônia? Pega outro cartão para registrar o que sobrou, pois o que estava no cartão anterior você vai precisar achar uma boa justificativa para dar ao seu cliente do porque não existem mais aquelas imagens.
Qualquer componente eletrônico, na verdade, tem uma vida útil. Como a do cartão de memória é muito longa, a maioria nem se preocupa muito com este quesito, pois se usa durante anos e o cartão continua perfeito.  Mas... Sim, tem um “mas”, existem alguns fatores de utilização deste componente que reduz muito sua vida útil, e muitas vezes põe a “óbito” de imediato.
Trate seu cartão de memória como um cristal precioso se equilibrando em cima de um alfinete. Tá, tudo bem, exagerei mesmo, mas é para mostrar a preocupação e a atenção que devemos ter com ele.
Veja algumas precauções que você pode tomar para evitar dissabores.
Jamais insira ou retire o cartão com o equipamento ligado.  Tudo bem que é básico, mas já flagrei alguns profissionais fazendo isso.
Nunca guarde seu cartão fora da embalagem original, ou solto no bolso. Os modelos CF (Compact Flash), são resistentes, a maioria tem invólucro de metal, só que os contatos são micro furações na base do aparelho, que solto, pode entrar uma partícula qualquer ali obstruindo os contatos e na hora de colocar na máquina pode causar sérios problemas. Já os SD, na sua maioria têm invólucro de plástico, muito frágil mesmo, que se exposto a qualquer torção ou amassamento pode danificá-lo.
Quando seu cartão cair da sua mão e principalmente fora da embalagem, se for um CF, pelo seu tamanho e peso avantajado, é mais sujeito a estragos numa queda, tenho por procedimento não mais utilizá-lo profissionalmente após um incidente deste, pois como internamente o material base é semicondutor cerâmico, pode haver algum tipo de micro fissura interna. Deixando então o cartão mais suscetível a sofrer de “mal súbito”. Se for um SD não utilizo sem fazer uma bateria de testes para ter certeza.
Como não existe um prazo de validade oficial num cartão de memória, em nome da prudência e bom senso deverívamos nós mesmo dar um prazo de vida útil a este componente. Em um ano de trabalho, veja quantas vezes este cartão foi inserido e retirado do equipamento com ele ligado, se não na máquina fotográfica, num leitor de cartões para descarregar. E quedas então, pode ter sofrido algumas, além do trabalho normal a que foi submetido. Acredito que neste prazo, um ano, está de bom tamanho para aposentarmos este bravo servo e deixá-lo descansando no fundo de uma gaveta, ou então colocá-lo para atividades menos intensas e comprometerdoras como transportar arquivos para o laboratório. 
Jamais, nunca, em tempo algum compre um cartão de memória genérico no camelô. Este componente precisa ser adquirido em loja especializada e confiável, de preferência numa especializada a atender fotógrafos, com garantia e nota fiscal. Se um cartão original já oferece seus riscos imagine um falsificado.
Na aquisição de um novo cartão, faça um teste simples antes de utilizar na máquina. Coloque num leitor de cartões e formate. Preencha-o todo com arquivos de fotos, até o limite, e dê uma olhada se está tudo certo. Copie o conteúdo do cartão e cole numa nova pasta do computador e veja se está tudo certo. Repita a operação, formate novamente e refaça o procedimento de cópia e leitura. Estando Ok, coloque na máquina e formate. Daí sim, você terá certeza que está tudo certo com cartão.
Não se preocupe muito com a marca do cartão, isso vai da preferência de cada um, só procure por marcas mais conhecidas e que realmente sejam originais.
A dica de hoje.
Se quiser ficar seguro mesmo que seu cartão está 100% para o trabalho, se não ocorrer acidentes como os acima descritos, troque-os por novos pelo menos uma vez por ano. É um procedimento de baixo custo comparado ao problema causado pela quebra do componente em meio a um trabalho ou pior, com um trabalho inteiro lá dentro.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

RAW x JPEG – Qual o melhor?

Qual o melhor? Vamos direto ao ponto. Vai depender de que tipo de usuário você é.
  •  Fotógrafo amador que registra os filhos no parque final de semana. Vá de JPEG. 
  • Fotógrafo em início de carreira que está aprendendo o que é velocidade, abertura e ISO. Vá de JPEG.
  • Fotógrafo profissional que domina o equipamento e a técnica. Se está fotografando em JPEG, sugiro ao menos cogitar o RAW para curto prazo. Veja por que.
O Jpeg é um formato universal. Praticamente qualquer programa destinado à visualização de imagens abre este tipo de arquivo. A maioria das máquinas fotográfica amadoras nem tem outra opção para gerar arquivo de foto. Ele traz muita versatilidade no manuseio, qualquer DVD de camada única pode arquivar milhares de fotos, pois aquele é bastante compactado, mesmo com definições de qualidade máxima. Jpeg é quase sinônimo de um arquivo de foto digital. Para colocar na internet, mandar para o laboratório para ampliar, colocar em fundo de tela, compartilhar no Orkut e Facebook. Se partirmos para enumerar aonde um arquivo de imagem Jpeg pode ser utilizado, seria como redigir uma lista telefônica, já que praticamente tudo o que se refere a imagem digital comporta um Jpeg.
Mas não são apenas flores, este tipo de arquivo tem uma grande limitação, exatamente para quem precisa fazer manipulações na imagem e necessite preservar a qualidade original, que atinge em cheio um segmento muito especial e de grande expressão no ramo da fotografia, aonde Jpeg não caberia. Pensou em eventos sociais? Exatamente cobrir um casamento, como exemplo, com sua máquina fotográfica gerando arquivos Jpeg não é nada recomendável e por uma série de motivos.  Da mesma forma que as vantagens e facilidades do uso de um Jpeg geram uma lista gigantesca, para uso profissional as desvantagens geram outra de igual tamanho.
1.       Imagem super exposta. Quantas fotos você já perdeu, ou o seu funcionário Free Lance, numa cena com dois ou três pontos estourados. O vestido da noiva parece mais um lençol, pois não tem detalhes, não se vê dobras ou contornos, é um imenso abajur com uma noiva dentro. Pois é, se estivesse em Raw a correção seria possível, e com qualidade. Ocorre que a captura em RAW preserva a informação da imagem original, mesmo que bem super exposta. Ela visualmente na tela do computador não aparece, mas como mágica na correção do histograma, você percebe que ela reaparece e com todos os detalhes de contornos, contraste e cores, esta necessitando de um a ajuste fino, mas está lá, tudo o que você precisa para oferecer uma imagem perfeita.
2.       Gama de cor. Lembra daquela foto que você baixou a velocidade para um melhor aproveitamento da luz ambiente, e a imagem ficou totalmente amarelada ou azulada, e não teve tempo de corrigir branco para fazer outra? Daí você tentou corrigir, tentou, e tentou novamente, e o máximo que você conseguiu foi acentuar a granulação, deixando a cor quase correspondente, e uma imagem meio “desmaiada” e pensando, “não está bom, mas acho que passa”? Em Raw a correção seria muito mais precisa e fácil. Não haveria perdas na imagem.
3.       RGB para CMYK. Você está com uma imagem em JPEG e precisou mandar para uma gráfica para fazer reproduções Off Set, portanto converteu  RGB para CMYK. Mais uma vez não foi o esperado, há grandes diferenças na cor, contraste e ainda parece que tem um filtro “Fog” na frente. Partindo de um arquivo Raw o resultado seria bem melhor. Pior ainda quando você manda para gráfica um Jpeg e eles sem nenhum critério fazem a conversão.
4.       Colorido para Preto e Branco. Por que será que depois de uma imagem colorida receber seu tratamento mega especial, com uma correção pra lá de caprichada você aplica um filtro preto e branco no Photoshop ou por meio de desaturação, e tem-se a impressão que você não havia feito nada na foto? Precisa fazer tudo de novo no P&B. Exato. Mais uma vez fez falta o arquivo estar em Raw.
Acima são apenas quatro situações corriqueiras do nosso dia a dia que você teria vantagens enormes em fotografar em Raw. Mas na verdade a coisa é mais radical um pouco. Se você fotografar, e esta imagem obrigatoriamente passará pelo photoshop para qualquer procedimento de alteração na imagem, seja corrigir a exposição, contraste, ou qualquer outra coisa que te obrigue a salvar a própria imagem ou gerar outra a partir dela com o comando “salvar como”, você já deveria fotografar em Raw. O resultado final não é um pouco superior, é infinitamente superior, além da enorme versatilidade. O processo de compactação, sempre traz degradação a imagem. Imagine você que quando sua câmera salvou a imagem em Jpeg, ela degradou um pouco sua qualidade, definição, cor, enfim, todos os aspectos do arquivo. Você levou para seu computador e aplicou um tratamento e salvou, degradou mais pouco. No dia seguinte você percebe que esqueceu algo ou o seu cliente pede mais alguma alteração naquela foto. Esta imagem que já nasceu compactada será reescrita três vezes por novas compactações e correções.
Faça alguns testes, são bem simples. Fotografe o mesmo tema, sob as mesmas condições em Raw e Jpeg. Faça duas ou três manipulações do arquivo com parâmetros idênticos e salve o próprio arquivo e compare o resultado.
Mais um teste, este é fabuloso, você perceberá com propriedade a vantagem de se fotografar em RAW. Fotografe em RAW e Jpeg um tema qualquer, e vá para uma situação extrema, propositadamente deixe de dois a três pontos estourados, sempre usando parâmetros idênticos de velocidade e f stop. Leve ao nosso amigo Photoshop e faça a correção nos dois arquivos e veja o resultado. Você vai começar a sentir um ódio mortal do Jpeg.
Raw também não são apenas flores. Você vai precisar se preparar para alterar seu fluxo de trabalho, visando aperfeiçoar o uso deste tipo de arquivo, que numa imagem apenas pode gerar acima 15 MB. Isso representa adquirir mais cartões para sua máquina fotográfica, comprar mais HD para a guarda deste material, além de pensar em uma solução interessante para backup. Quando for apresentar provas para seu cliente precisa ser em Jpeg, pois dificilmente quem não é profissional terá o plugin na máquina para decodificar este tipo de arquivo. Nada que o uso de uma ACTION no Photoshop não resolva de forma rápida. Veja neste link como fazer uma ACTION http://dicasparafotografosecinegrafistas.blogspot.com/2011/09/photoshop-cs5-aprenda-automatizar.html
Outro detalhe importante é que um arquivo RAW é uma espécie de arquivo cru, numa analogia seria uma espécie de “negativo digital” onde não há modificações tentando melhorar o aspecto da imagem via software da máquina fotográfica, como acontece com o Jpeg. Isso vai impor ao fotógrafo que faça correção básica de todos os arquivos antes de mostrá-lo ao seu cliente. Mais uma vez uma ACTION dentro de ações em lote no photoshop, pode resolver isso com meia dúzia de cliques. Você faz básico inicialmente e gera suas amostras, dependendo da sua necessidade. Com a vantagem que você está com a guarda dos originais, que versáteis, você pode fazer praticamente qualquer coisa com eles.
Tenho a sugestão para pré produção com imagens RAW a utilização também do Lightroon da ADOBE. É um programa fabuloso para fotógrafos profissionais e muito simples de operar. Mas para quem está habituado ao Photoshop pode usá-lo sem restrições, desde que saiba automatizar tarefas, senão isso vira um martírio. E para quem não sabe como automatizar, fique tranqüilo, é muito simples e com algum empenho você fica craque em poucos dias.
No começo parece meio assustador sair da rotina amigável de se trabalhar com o simplíssimo Jpeg, e partir para algo mais complexo. Mas são atitudes como essa que separam o joio do trigo. Os melhores profissionais do Brasil e do mundo, aqueles que realmente se destacam, tem seu diferenciais bem evidenciados, e na maioria das vezes não se trata de marketing de fotógrafo. Estudo, técnica aplicada, e uso do que há de melhor em tecnologia, além do marketing. E falando dos “Tops” da fotografia brasileira, sem medo de errar, todos, mas absolutamente todos usam o Jpeg somente como saída final para laboratório.
Se você tem um público mais simples, com menor grau de exigência, não tem problema, oferecendo um produto superior, sempre haverá aquele que vai perceber a superioridade do seu material, que fará diferença na hora de fechar o contrato, e muitas vezes se habilitar em pagar um pouco mais pelo seu trabalho.
Abaixo alguns links com mais informações:

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Edição de Vídeo – Parte II – Equipamento Intermediário até R$ 4.000,00


No Post anterior  falamos sobre a configuração mínima necessária para editar vídeos para uma determinada demanda de trabalho e com a utilização do Adobe Premiere, acompanhado dos programas agregados da Suite da Adobe versão CS 5.5, visando ainda a melhor relação custo x benefício e deixando de lado preferências pessoais, e partindo para a compra racional. Optamos então, naquela matéria por configurar o equipamento para edição de vídeo, sob plataforma AMD.
http://dicasparafotografosecinegrafistas.blogspot.com/2011/09/edicao-de-video-parte-i-equipamento.html
Neste, para usuários que necessitam de maior poder de fogo, que procuram sugar a todo o momento todo o desempenho do equipamento, com muita atividade em 3D, renderização à vontade e abusos no After Effects. Vamos sugerir duas plataformas diferentes, uma da AMD e outra da Intel, ambas dentro da mesma faixa de preço, até R$ 4000,00, lembrando que se trata de configuração sem monitor, já que este componente não afeta diretamente o desempenho da máquina. Ainda na idéia do primeiro post, vamos configurar visando o menor custo possível. Estas configurações já são mais destinadas aos usuários com considerável demanda de trabalho de edição e ainda oferece algum fôlego para futuros upgrade.

Esta proposta não é para ser verdade absoluta, pois cada profissional tem uma maneira de editar, formas diferentes no trato do seu fluxo de trabalho, e o que pode ser bom para um, pode não ser bom para outros. Mas o fato é que os equipamentos sugeridos abaixo, estão em conformidade com as recomendações da ADOBE, então monte com segurança. A idéia central é que você não gaste dinheiro com algo que você não precise, ou ainda com algo inferior, e não atenda as sua necessidades.

Falando em segurança, antes de começar a montar um computador destinado a edição com Adobe Premiere, este link a seguir é de leitura obrigatória: http://kb2.adobe.com/br/releasenotes/891/cpsid_89125.html 

Sugestão I – Plataforma AMD com seis núcleos de processamento


CPU AMD Phenon II X6 1100T 3.3 AM3 Black Edition Placa Mãe ASUS M4A77T/USB3 DDR3 AM3 USB 3.0
Memória
DDR3 8GB 1333MHZ
HD para
arquivos SATA2 2TB
HD para sistema SATA2 1TB
Gravador
de Bluray
Fonte
ATX 500W reais
Gabinete com ventilação lateral e/ou com ventilação forçada
Kit
Multimídia, teclado, mouse
Placa de Vídeo
NVidea GTX 295 certificada pela ADOBE

Valor aproximado R$ 3.800,00


Sugestão II – Plataforma Intel com quatro núcleos de processamento


Core i5 2500K 3.30GHz

Placa Mãe: Chip set Intel H61 ou Asus
Processador: Core i5 2500 K - 3.30 GHz - Quad Core
Memória: 8GB DDR3 1333mhz Kingston em Dual
Channel
HD Sata II: 2000GB para Arquivos
HD Sata II: 1000GB para sistema
Gabinete bem ventilado e/ou com ventilação forçada
Fonte: ATX de 500 w Reais
Gravador de Bluray
Placa de Vídeo Nvidea GTX 295 (certificada pela ADOBE)

Valor Aproximado R$ 4.050,00

Optamos nestes casos, por recomendar uma máquina com placa de vídeo certificada pela ADOBE, pois o perfil de usuários destes equipamentos presume-se, utilizará de atividade bastante intensa em renderização e projetos 3D, aonde a maior quantidade de Cuda Cores desta placa fará uma enorme diferença na produtividade. Acredito que havendo boa demanda de trabalho aonde se utilize realmente o potencial da placa de vídeo, compense investir neste item.

Pode-se observar nas descrições acima que uma plataforma, a AMD trabalha com processador de seis núcleos e a Intel quatro, e num primeiro momento pode-se pensar que não são equivalentes. Mas na verdade para o fim que se destinam são muito similares em desempenho e preço. Se colocássemos um Intel de seis Núcleos, o desempenho deste seria bem superior ao AMD, assim como superior também seria o preço, que passaria fácil dos R$ 5000,00. Já não caberia na minha proposta de sugerir uma excelente máquina até R$ 4.000,00.
Com estas máquinas você terá a segurança de ter algo atual por vários anos, pois são multiprocessadores, e só agora a indústria de softwares está começando a trabalhar de verdade para seus programas tomarem proveito desta tecnologia. Quando chegar os softwares em massa para o uso dos multi core, você estará com a máquina prontinha para recebê-los e desfrutar a vontade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Edição de Vídeo - Parte I - Equipamento Básico até R$ 1400,00

Nos dias atuais, com a tecnologia de informática cada vez mais acessível com excelentes equipamentos a nossa disposição, com preços cada vez mais atraentes, vem sempre em mente quando vamos fazer um up grade na máquina, ou adquirir a primeira, uma pergunta básica, e já discutida em milhares de fóruns. Qual é o melhor equipamento para edição de vídeo?
Existe um fato novo atualmente.  É possível editar vídeo com praticamente qualquer equipamento, desde que observadas às configurações mínimas para os softwares utilizados. Vamos ter diferenças de desempenho, é claro, porém de nada adianta você investir num equipamento top de linha no valor de R$ 10.000,00 para editar um filme por semana em DV ou HDV. É equivalente a colocar uma Ferrari Maranello para fazer serviço de taxi.
Na verdade a pergunta que devemos nos fazer é, “Qual o equipamento corresponde a minha necessidade, suprindo a atual demanda e tenha um fôlego extra para expansão”?
Aí sim, faremos o melhor negócio na hora de comprar, pode-se gastar de R$ 1400,00 a R$ 10.000,00. Vai depender do quanto estamos dispostos a pagar e do que realmente necessitamos. Vamos desconsiderar os fatores, vaidade, modismo e marcas, pois é óbvio que um processador core I7 de última geração, que custa só este componente acima de dois mil reais é muito melhor que um quatro núcleos da AMD de R$ 250,00. Ambos estão em PCs de edição de muitos profissionais, e certamente atendendo a contento os públicos a que se destinam. Nossa questão nesta matéria não é provocar uma discussão de qual é o melhor, e sim sugerir o mínimo necessário para atender a sua demanda, de forma completamente imparcial e totalmente racional.
 Muito importante salientar que a configuração de um equipamento para edição depende além da aplicação e demanda também dos softwares que serão utilizados para realizar seu trabalho. Usuários do Final Cut ou Vegas, certamente precisará de uma configuração diferenciada de quem utiliza a Suite Adobe.  Observe então que a configuração a seguir é válida para usuários do Adobe Premiere e programas agregados, partindo da versão CS 5.5. e, já observada a configuração básica sugerida pela ADOBE, exceto placa de vídeo que sugerimos outros modelos.
 
Neste link há uma LEITURA OBRIGATÓRIA, para quem vai montar uma máquina para editar com a Suite da Adobe  http://kb2.adobe.com/br/releasenotes/891/cpsid_89125.html

Atividades previstas para o equipamento:
·         2 edições por semana com duas câmeras, formato DV
·         1 edição por semana com duas câmeras formato HDV
·         Edição básica com média de 16 horas de trabalho cada uma
·         Cortes de cenas e correção de cor no Premiere
·         Aproximadamente de 2 a 5% do filme com efeitos, ou inserção de imagens 3D
·         Edição de áudio no Adobe Soundboot
·         10% do material com ajuste fino no Adobe After Effects
·         Autoração no Adobe Encore

Sugestão: Plataforma AMD Phenon II (Configuração Sem Monitor)
-Processador PHENOM 2 X4 955 (3.2 Ghz X 4 - CACHE 8MB)
(Velocidade de 3.2 GHz - Cachê de 8 MB AM3 - Black Edition)
-Placa Mãe ASUS M4N68T-M LE
(Chipset Video Geforce 7025 Integrada 256MB / Memória: DDR3 1066/1333/1600 O.C)
-4 GB de Memória DDR3 1333hz PC 10600
(1 Módulo de 4GB DDR3 1333 MHz PC 10600)
-HD Sistema de 500GB SATA
HD Arquivos 2TB SATA
-Gravador de DVD SATA
-Gabinete 4 Baias Com Fonte ATX 500 w reais
(Saída de AR Lateral Para melhorar a Ventilação do Processador)
-Placa de Vídeo Nvidea GT 220 com cooler. Veja como configurar para habilitar para Adobe Premiere http://dicasparafotografosecinegrafistas.blogspot.com/2011/09/premiere-cs5-ativando-placas-de-video.html
 Valor estimado: R$ 1.400,00
O editor de vídeo que tem uma demanda de trabalho e estilo similar de editar ao acima mencionado, estará muito bem servido com esta configuração. Pode-se colocar adicionais como Placa 1934 Fireware, gravador de blueray, dentre outros, de acordo com as necessidades individuais.