quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cartão de memória – Prazo de Validade.

Cartão de Memória, quando devemos trocar

Prazo de validade para um cartão de memória, oficialmente não existe. Porém a maioria de nós profissionais, do ramo de foto e vídeo, já ouviu alguma estória de fotógrafo que perdeu algumas imagens por estarem corrompidas ou até mesmo um casamento inteiro perdido porque “deu pau” no cartão. 
O cartão de memória é um elemento tão importante ou até mais, que a própria máquina fotográfica, pois se pensarmos que se a máquina travar na hora da entrada da noiva, dá para pegar sua reserva bem rapidinho, que da tempo ainda de fotografar a noiva na metade do corredor. E se o seu cartão simplesmente “queimar” lá pela metade da cerimônia? Pega outro cartão para registrar o que sobrou, pois o que estava no cartão anterior você vai precisar achar uma boa justificativa para dar ao seu cliente do porque não existem mais aquelas imagens.
Qualquer componente eletrônico, na verdade, tem uma vida útil. Como a do cartão de memória é muito longa, a maioria nem se preocupa muito com este quesito, pois se usa durante anos e o cartão continua perfeito.  Mas... Sim, tem um “mas”, existem alguns fatores de utilização deste componente que reduz muito sua vida útil, e muitas vezes põe a “óbito” de imediato.
Trate seu cartão de memória como um cristal precioso se equilibrando em cima de um alfinete. Tá, tudo bem, exagerei mesmo, mas é para mostrar a preocupação e a atenção que devemos ter com ele.
Veja algumas precauções que você pode tomar para evitar dissabores.
Jamais insira ou retire o cartão com o equipamento ligado.  Tudo bem que é básico, mas já flagrei alguns profissionais fazendo isso.
Nunca guarde seu cartão fora da embalagem original, ou solto no bolso. Os modelos CF (Compact Flash), são resistentes, a maioria tem invólucro de metal, só que os contatos são micro furações na base do aparelho, que solto, pode entrar uma partícula qualquer ali obstruindo os contatos e na hora de colocar na máquina pode causar sérios problemas. Já os SD, na sua maioria têm invólucro de plástico, muito frágil mesmo, que se exposto a qualquer torção ou amassamento pode danificá-lo.
Quando seu cartão cair da sua mão e principalmente fora da embalagem, se for um CF, pelo seu tamanho e peso avantajado, é mais sujeito a estragos numa queda, tenho por procedimento não mais utilizá-lo profissionalmente após um incidente deste, pois como internamente o material base é semicondutor cerâmico, pode haver algum tipo de micro fissura interna. Deixando então o cartão mais suscetível a sofrer de “mal súbito”. Se for um SD não utilizo sem fazer uma bateria de testes para ter certeza.
Como não existe um prazo de validade oficial num cartão de memória, em nome da prudência e bom senso deverívamos nós mesmo dar um prazo de vida útil a este componente. Em um ano de trabalho, veja quantas vezes este cartão foi inserido e retirado do equipamento com ele ligado, se não na máquina fotográfica, num leitor de cartões para descarregar. E quedas então, pode ter sofrido algumas, além do trabalho normal a que foi submetido. Acredito que neste prazo, um ano, está de bom tamanho para aposentarmos este bravo servo e deixá-lo descansando no fundo de uma gaveta, ou então colocá-lo para atividades menos intensas e comprometerdoras como transportar arquivos para o laboratório. 
Jamais, nunca, em tempo algum compre um cartão de memória genérico no camelô. Este componente precisa ser adquirido em loja especializada e confiável, de preferência numa especializada a atender fotógrafos, com garantia e nota fiscal. Se um cartão original já oferece seus riscos imagine um falsificado.
Na aquisição de um novo cartão, faça um teste simples antes de utilizar na máquina. Coloque num leitor de cartões e formate. Preencha-o todo com arquivos de fotos, até o limite, e dê uma olhada se está tudo certo. Copie o conteúdo do cartão e cole numa nova pasta do computador e veja se está tudo certo. Repita a operação, formate novamente e refaça o procedimento de cópia e leitura. Estando Ok, coloque na máquina e formate. Daí sim, você terá certeza que está tudo certo com cartão.
Não se preocupe muito com a marca do cartão, isso vai da preferência de cada um, só procure por marcas mais conhecidas e que realmente sejam originais.
A dica de hoje.
Se quiser ficar seguro mesmo que seu cartão está 100% para o trabalho, se não ocorrer acidentes como os acima descritos, troque-os por novos pelo menos uma vez por ano. É um procedimento de baixo custo comparado ao problema causado pela quebra do componente em meio a um trabalho ou pior, com um trabalho inteiro lá dentro.

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